Arquivo de fevereiro 2021

Com a palavra, o MP e o Supremo, por Kakay

“Bate-me à porta, em mim, primeiro devagar. Sempre devagar, desde o começo, mas ressoando depois, ressoando violentamente pelos corredores e paredes e pátios desta própria casa que eu sou. Que eu serei até não sei quando. É uma doce pancada à porta, alguma coisa que desfaz e refaz um homem…” Herberto Helder, poemas completos.  …

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Cortina de fumaça, por Kakay

“Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza das chamas em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem…

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Santo hacker, por Kakay

“Nada me pesa tanto no desgosto como as palavras sociais de moral. Já a palavra ‘dever’ é para mim desagradável como um intruso. Mas os termos ‘dever cívico’, ‘solidariedade’, ‘humanitarismo’, e outros da mesma estirpe, repugnam-me como porcarias que despejassem sobre mim de janelas. Sinto-me ofendido com a suposição, que alguém porventura faça, de que…

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Trama revelada, por Kakay

“Tenho ódio à luz e raiva à claridade Do sol, alegre, quente, na subida Parece que a minh’alma é perseguida Por um carrasco cheio de maldade! … Eu não gosto do sol, eu tenho medo Que me leiam nos olhos o segredo…” A minha tragédia Florbela Espanca   Alguma coisa está mesmo fora da ordem.…

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