Arquivo de março 2021
A novena e o capitão, por Kakay
“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? … Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço. Além do que: que faço desta lucidez?” Clarice Lispector…
Leia MaisEscrever: a resistência necessária
“Quem faz um poema abre uma janela. Respira, tu que estás numa cela abafada, este ar que entra por ela. Por isto é que os poemas têm ritmo, para que possas profundamente respirar. Quem faz um poema salva um afogado.” Mário Quintana Escrever é um ato de resistência. Quando as nuvens se tornam mais…
Leia MaisExtermínio: cumplicidade mórbida, por Kakay
“Não enterres, coveiro, o meu Passado, Tem pena dessas cinzas que ficaram; Eu vivo d’essas crenças Que passaram, E quero sempre tê-las ao meu lado! … Aí! não me arranques d’alma este conforto! Quero abraçar o meu Passado morto Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!” Augusto dos Anjos A tal Operação Lava Jato, coordenada…
Leia MaisPode isso, “Dr. Judiciário?”, por Kakay
“A história nega as coisas certas. Há períodos de ordem em que tudo é vil e períodos de desordem em que tudo é alto. As decadências são férteis em virilidade mental; as épocas de força em fraqueza de espírito. Tudo se mistura e se cruza, e não há verdade senão no supô-la.” Fernando Pessoa, O…
Leia MaisA vacina ou a vida, por Kakay
“Morrer como quem desagua sem mar e, num derradeiro relance, olha o mundo como se ainda o pudesse amar. Morrer depois de me despedir das palavras, uma a uma. E no final, descontada a lágrima, restar uma única certeza: não há morte que baste para se deixar de viver.” Mia Couto, Aprendiz de ausências …
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