Posts com a Tag ‘Kakay’
Extermínio: cumplicidade mórbida, por Kakay
“Não enterres, coveiro, o meu Passado, Tem pena dessas cinzas que ficaram; Eu vivo d’essas crenças Que passaram, E quero sempre tê-las ao meu lado! … Aí! não me arranques d’alma este conforto! Quero abraçar o meu Passado morto Dizer adeus aos sonhos meus perdidos!” Augusto dos Anjos A tal Operação Lava Jato, coordenada…
Leia MaisPode isso, “Dr. Judiciário?”, por Kakay
“A história nega as coisas certas. Há períodos de ordem em que tudo é vil e períodos de desordem em que tudo é alto. As decadências são férteis em virilidade mental; as épocas de força em fraqueza de espírito. Tudo se mistura e se cruza, e não há verdade senão no supô-la.” Fernando Pessoa, O…
Leia MaisA vacina ou a vida, por Kakay
“Morrer como quem desagua sem mar e, num derradeiro relance, olha o mundo como se ainda o pudesse amar. Morrer depois de me despedir das palavras, uma a uma. E no final, descontada a lágrima, restar uma única certeza: não há morte que baste para se deixar de viver.” Mia Couto, Aprendiz de ausências …
Leia MaisCom a palavra, o MP e o Supremo, por Kakay
“Bate-me à porta, em mim, primeiro devagar. Sempre devagar, desde o começo, mas ressoando depois, ressoando violentamente pelos corredores e paredes e pátios desta própria casa que eu sou. Que eu serei até não sei quando. É uma doce pancada à porta, alguma coisa que desfaz e refaz um homem…” Herberto Helder, poemas completos. …
Leia MaisCortina de fumaça, por Kakay
“Assim eu quereria o meu último poema Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza das chamas em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem…
Leia MaisSanto hacker, por Kakay
“Nada me pesa tanto no desgosto como as palavras sociais de moral. Já a palavra ‘dever’ é para mim desagradável como um intruso. Mas os termos ‘dever cívico’, ‘solidariedade’, ‘humanitarismo’, e outros da mesma estirpe, repugnam-me como porcarias que despejassem sobre mim de janelas. Sinto-me ofendido com a suposição, que alguém porventura faça, de que…
Leia MaisTrama revelada, por Kakay
“Tenho ódio à luz e raiva à claridade Do sol, alegre, quente, na subida Parece que a minh’alma é perseguida Por um carrasco cheio de maldade! … Eu não gosto do sol, eu tenho medo Que me leiam nos olhos o segredo…” A minha tragédia Florbela Espanca Alguma coisa está mesmo fora da ordem.…
Leia MaisA hora e a vez do Congresso, por Kakay
“O pasmo que me causa a minha capacidade para a angústia. Não sendo, de natureza, um metafísico, tenho passado dias de angústia aguda, física mesmo, com a indecisão dos problemas metafísicos … … Nenhum problema tem solução. Nenhum de nós desata o nó górdio; todos nós ou desistimos ou o cortamos. ” Fernando Pessoa, O…
Leia MaisVida e liberdade, por Kakay
“Não há refúgio, e o terror aumenta. É tal e qual o drama aqui na sala: A luz da tarde em agonia lenta, E a maciça negrura a devorá-la. Dor deste tempo atroz, sem refrigério, Eis os degraus do inferno que nos restam: Morrer e apodrecer no cemitério onde fantasmas, como eu, protestam.” Miguel Torga…
Leia MaisOlhar que abraça, por Kakay
“A meio caminho entre a fé e a crítica está a estalagem da razão. A razão é a fé no que se pode compreender sem fé; mas é uma fé ainda, porque compreender envolve pressupor que há qualquer coisa compreensível.” Fernando Pessoa, Livro do Desassossego Eu sempre imaginei um mundo onde ser solidário seria…
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