Posts com a Tag ‘Kakay’

Matriz e filial, por Kakay

“Bates-me e ameaças-me, agora que levantei minha cabeça esclarecida e gritei: ‘Basta’! Armas-me grades e queres crucificar-me agora que rasguei a venda cor de rosa e gritei: ‘Basta’! … Esvazia-me os olhos e condena-me à escuridão eterna… -que eu, mais do que nunca, ;dos limos da alma, me erguerei lúcida, bramindo contra tudo: Basta! Basta!…

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A falta do abraço, por Kakay

“Saio de meu poema como quem lava as mãos. Algumas conchas tornaram-se, que o sol da atenção cristalizou; alguma palavra que desabrochei, como a um pássaro. Talvez alguma concha dessas (ou pássaro) lembre, côncava, o corpo do gesto extinto que o ar já preencheu; talvez como a camisa vazia, que despi. Esta folha branca me…

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Ilusão e solidariedade, por Kakay

“Feliz, feliz Natal, que nos traz de volta as ilusões da infância, recorda ao idoso os prazeres da juventude e transporta o viajante de volta à própria lareira e à tranquilidade de seu lar.” Charles Dickens   O Natal, para mim, sempre foi uma data triste. Ainda menino, na minha pequena cidade de Minas, as…

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Ousadia e esperança, por Kakay

“Quando a escuridão é espessa e não se escapa entre os dedos gosto de apanhar uma mancheia e levar até a luz para ver melhor Regresso feliz de mãos vazias a escuridão afinal não é a tempestade fatal o abismo medonho a avalanche final é apenas o que não se pode ver.” – Boaventura Souza…

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Resistência lírica, por Kakay

“Noturno sou, mas sem noite. A grade já não mais me prende a morada: a treva sou eu, o escuro morreu. Eis o meu segredo: todas as noites me deito num livro para em outra vida desaguar. Rio escapando da margem, margem escarpando um rio. … Agora, meu ouro é a palavra. Agora, a poesia…

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Angústia existencial, por Kakay

“O homem lúcido me espanta Mas gosto dele na lírica. A verdade metafísica Modela o verbo e a garganta. O homem lúcido verifica Que a existência não se estanca Põe a baba ao pé da planta Eis que a planta frutifica. O homem lúcido como quer Seja lá onde estiver Ele está, sem aquarela. Sabe…

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Indiferença assassina, por Kakay

“Bates-me e ameaças-me agora que levantei minha cabeça esclarecida e gritei: “Basta!” … Condenas- me à escuridão eterna agora que minha alma de África se iluminou e descobriu o ludibrio… E gritei, mil vezes gritei: “Basta!” … Vem com teu cassetete e tuas ameaças, fecha-me com tuas grades e crucifixa- me, traz seus instrumentos de…

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Raiva libertadora, por Kakay

“Pelo que esperam? Que os surdos se deixem convencer E que os insaciáveis devolvam-lhes algo? Os lobos os alimentarão, em vez de devora-los! Por amizade Os tigres convidarão A lhes arrancarem os dentes! É por isso que esperam!” Bertolt Brecht É interessante notar que, muitas vezes, passamos a vida inteira sem refletir sobre certas verdades…

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Nau da Insensatez, por Kakay

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.” Rui Barbosa Paira no ar certa tristeza intrínseca que, de…

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Refúgio poético, por Kakay

Poesia é salvação em meio ao caos Excesso de informação atrapalha Em meio ao caos e ao excesso de informação, só a poesia salva, escreve Kakay “Por que é que as acácias de repente floriram flores de sangue? Por que é que as noites já não são calmas e doces, por que são agora carregadas…

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